Ainda que a gestão como processo de uso efetivo dos recursos disponíveis exista desde que os primeiros grupos sociais humanos se organizaram, o seu estudo sistematizado se inicia, praticamente, no meio do século XIX, o que muitas vezes tem sido erroneamente interpretado por muitos como sendo este o inicio da Administração como atividade Organizacional.
Se pensarmos que o surgimento da escrita na Suméria teve como propósito inicial atender as necessidades de controle sobre o Reino, bem próximo dos relatórios contábeis de nosso tempo, pode-se avaliar que as questões administrativas têm merecido um destaque significativo no contexto das atividades humanas.
Para os mais incrédulos, basta uma rápida observação sobre o Egito antigo, com seu complexo sistema sócio-econômico. As demandas internas, notadamente as dos seus faraós, exigiram o desenvolvimento de um sistema administrativo capaz de prover o reino de uma eficiente estrutura de gestão de pessoal, de gestão agropecuária, de logística, de engenharia e arquitetura, etc.
Particularmente, sempre acreditei que no Egito existiu o maior desafio que qualquer administrador jamais teve que enfrentar: a construção das Pirâmides. Mas não pela suas complexidades técnicas. Nem pelo complexo planejamento e controle exigido para permitir que o exército de trabalhadores, muitos deles especialistas em suas funções, pudesse atuar de forma coesa e sem falta de materiais de todas as espécies.O maior problema estava em seu próprio propósito: ser a tumba do faraó. O que exigia que estivesse pronta a tempo de permitir que isso ocorresse. E esta é a questão... como saber quando ele iria morrer para que a pirâmide estivesse pronta.
É certo que algum iluminado teve uma solução para esse problema, pois não se sabe de nenhum faraó que tenha ficado sem seu enterro. Mas, infelizmente, o seu nome não chegou até nós para que pudéssemos reverenciá-lo e compreender a magnitude das suas idéias e aplicá-las em nossas organizações.Os Gregos, Romanos, Otomanos, Chineses e praticamente todos os povos da antiguidade ao longo de suas existências, também se depararam com questões administrativas que exigiram, ao seu tempo, soluções criativas. Como os Egípcios, em muitos casos os responsáveis por idéias que mudaram significativamente as práticas administrativas de sua época não puderam receber a reverência da história.
Somente após o surgimento da imprensa é que essa situação mudou. A transição da cultura oralista para a cultura escrita não só permitiu a disseminação de informações de forma mais ampla, mas também de quem a havia produzido. Começam, assim, a nascerem os Gurus da administração.E quem são eles?De maneira geral empregamos o termo de Guru a todos aqueles que, a sua época, tiveram enorme impacto sobre as idéias e/ou a prática nas Organizações, pela influência que exerceram em outros pensadores ou em todos aqueles que passaram a pautar o desempenho de suas funções pelas suas orientações.
Alguns tiveram um legado tão significativo que suas idéias continuam influenciado nossa prática e teoria administrativa nos dias atuais.Outros tiveram uma contribuição mais singela, restritos a um determinado período da história da Administração.E porque, ou para que, conhecê-los?Várias podem ser as razões, que vão desde a curiosidade simples por saber quem tem trazido qual contribuição para a Administração, até a busca pela compreensão da evolução do pensamento administrativo ao longo dos últimos séculos.
No meu caso, comecei por simples curiosidade. Queria saber quais os principais pensadores que influenciaram ou influenciam a Teoria da Administração. Buscava, na maioria das vezes, imagens dos autores e outras referências visuais para utilizar em minhas aulas.
Aos poucos, ampliei minha curiosidade inicial e procurei informações sobre aqueles que, mesmo sem buscar o compromisso teórico, têm produzido significativas contribuições para a prática nas organizações.À medida que aprofundava minhas pesquisas tomei contato com diversos textos que “elegiam” um determinado conjunto de Gurus, cada um baseado em uma combinação de critérios específicos, o que me permitiu elaborar uma extensa relação de nomes, podendo priorizar aqueles que eram citados mais vezes.
Dentre os critérios identificados podem ser citados: peso histórico da contribuição (por exemplo Adam Smith); pioneirismo (por exemplo Frederick Wislow Taylor); amplitude das propostas teóricas ( por exemplo Peter Druke); amplitude das propostas práticas (por exemplo Henry Ford); número de vezes que é pesquisado na internet (por exemplo Tom Peters); votação direta (por exemplo Alvin Toffler); e muitos outros. Este trabalho é o resultado simplificado desta pesquisa, com o propósito de contribuir, de forma singela, com todos aqueles, que como eu, se interessam pela história da Administração.
Boa parte do material aqui coletado foi compilado de textos disponibilizados na Internet pelas Universidades e/ou Empresas onde os autores desenvolvem ou desenvolveram suas atividades ao longo de sua vida profissional. As buscas nestes sites foram priorizadas em função da credibilidade atribuída as informações neles coletadas.